Um olhar tão lúcido e inquieto como esperançado e apaixonado. Podíamos descrever desta forma a intervenção dos irmãos Luís Carlos Gutiérrez y João Carlos do Prado na manhã do terceiro dia do VII Capítulo Provincial “Lares de Luz”.
Os conselheiros concentraram a sua exposição nos desafios que marcam o momento presente do Instituto e as linhas de ação até ao ano 2025.
A partir do chamamento central a caminhar como Família Global e dos outros chamamentos do XXII Capítulo Geral, que a pandemia revestiu de uma tremenda atualidade, os conselheiros sintetizaram 9 metas que marcam a atualidade do Instituto.
As duas primeiras metas, relativas ao cuidado e acompanhamento das vocações de irmão e leigo Marista, constituem a base do resto das metas: atenção às crianças e jovens em situações de fronteira geográfica e existencial; a paixão, inteligência e sustentabilidade na nossa missão educativa; a disponibilidade global; a boa gestão e uso de bens e a formação de líderes maristas proféticos e serviciais, ao estilo de Jesus e de Champagnat.
Em concreto no contexto da Europa, os irmãos Luis Carlos e João Carlos propuseram uma reflexão profunda sobre o lugar e missão dos irmãos no contexto atual do carisma Marista, sonhando o tipo de Vida Marista que queremos daqui a 15 anos e apostando por ele desde já, e nos processos de acompanhamento e formação humana, cristã e marista. Devemos ser criativos na procura de novas linguagens para poder contagiar a Boa Nova no contexto em que se considera “não-boa e velha”.
A intervenção concluiu com uma certeza alentadora de que, se por um lado é certo que o Instituto enfrenta muitos desafios, não é menos certo que nele abunda a energia criativa e a sensibilidade compassiva.