Os alunos do 12º ano estão a viver com especial preocupação e intensidade este momento de confinamento às portas do seu futuro fora da escola. Os vários Diretores de Turma permaneceram conectados para tentar iluminar, animar e acompanhar o caminho e esta é a sua experiência e reflexão.
Uma crise (palavra derivada do grego κρισις e que significa”separar” e “decidir”) é uma encruzilhada na qual riscos e oportunidades estão entrelaçados. Para os alunos do 12º, esta próxima avaliação final do ensino secundário para o acesso à universidade é uma encruzilhada entre dois caminhos com uma preocupação lógica pelo conteúdo dos exames e a realização adequada dos mesmos para evitar contágios. Mas esta fase também foi uma oportunidade para se prepararem para a aprendizagem on-line que, sem dúvida, será marcante no seu próximo passo na universidade.
Para além disso, para todos eles, esta experiência de crise tem sido muito valiosa para irem revelando a sua vocação profissional. Têm visto o exemplo de múltiplas profissões que, além das suas qualificações profissionais, incorporam o serviço a outras pessoas e dão sentido a um trabalho bem feito para cuidar e garantir o que realmente tem valor: a vida. O mundo após o coronavírus não será o mesmo, nem a universidade que em setembro. E dizemos-lhes: agora que se aproximam os dias dos exames nacionais, não tenham medo. Temperem os nervos e confiem em tudo o que aprenderam, especialmente nos últimos dois meses.
Roberto Ranz
"Liceo Castilla" de Burgos
A orientação académico-profissional dos alunos do 12º anofoi realizada desde o início do ano letivo: material de sala de aula,entrevistas pessoais, programa Job Shadowing, etc…. Mas, a 16 de março, o trabalho mudou. A situação causada pelo covid19 tornou virtual o contacto com os alunos.
Ainda estamos conectados através de plataformas, e-mails, videoconferências, telefonemas, whatsapps, etc…, para realizar a orientaçãocde grupo e individual. Os aspetos com que temos lidado são: exames nacionais,média final, médias de entradas dos diferentes cursos e universidades,conselhos sobre os temas que serão mais provavelmente testados nas provas nacionais, e todas as dúvidas pessoais que cada aluno/a tem na tomada de decisões em relação ao seu futuro académico e profissional. Claro que devo dizer que, como DT, o contacto pessoal com os alunos, a presença, a interação com eles… são essenciais… Mas a situação que estamos a enfrentar significa que temos que realizar tudo isto desta maneira.
Ânimo a todos!
Lola Zamarriego
"Colégio Marista" de Palência
Como podemos acompanhar os nossos alunos que terminam o seu percurso no colégio? Como dirigir-nos às famílias neste momento de incerteza e expectativas variadas, quando a síndrome do “ninho vazio” sobrevoa as suas cabeças e os seus corações? … Estas são algumas das questões com que todos nós, que acompanhamos o 12º ano, temos lidado durante o estado de calamidade.
É claro que temos mais perguntas do que respostas, no entanto, considero que o nosso trabalho não visa tanto fornecer soluções, mas capacitar as pessoas a enfrentar proativamente o desafio de decidir nesta situação de incerteza e também ajudar a assumir o facto que cada decisão é acompanhada por um sentimento de perda pelo que é “deixado”.
Portanto, a presença está a ser o elemento essencial nesse processo. E a nossa aposta tem sido a presença on-line. A situação também exigiu que nos reinventássemos e descobríssemos a “orientação líquida”, caracterizada pela sua fluidez e adaptabilidade, que não está ligada ao espaço e ao tempo, e que fornece suporte imediato, modelado de acordo com a necessidade e o destinatário, aberto à mudança . Agora, mais do que nunca, as coisas mudam,fluem, transformam-se, ultrapassam-nos, muito embora num espaço finito que nos condiciona e deve determinar o nosso paradigma educacional.
José CarlosDomínguez Alonso
“Colegio Maristade Santa María” de Ourense
"La convivencia es un arte paciente, hermoso y fascinante". Papa Francisco "A convivência é uma arte paciente, bela e fascinante." Papa Francisco
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